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sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Eu me mordo de ciúme!



Vamos fazer um teste: pare e se pergunte quantas vezes você já investigou a vida do seu namorado, ficante ou rolo no Orkut, conte quantas pulgas atrás da orelha você já teve por causa daquela amiguinha do dito cujo, quantos barracos já fez quando ele não quis te contar com quem estava falando no telefone ou então simplesmente responda com sinceridade: você é ciumenta? Tem aquele ditado que diz “quem ama, cuida”, mas, cá entre nós, é preciso aprender a dosar o ciúme. Senão, ele é capaz de fazer a gente pirar!

Foi o que aconteceu, certa vez, com Nathalia Toledo, 20 anos. “Quando tenho crises de ciúme, fico só no chororô e pronto. Mas teve um dia que não me segurei. Meu ex beijou uma menina na minha frente! Aí, parti para cima dela e tentei jogar um copo nele”, conta a estudante. “Meus amigos me seguraram, meu ex me chamou de doida e comecei a chorar. Foi uma loucura!”, desabafa Nathalia, que diz ser uma ciumenta do tipo vingativa, daquelas que dão o troco quando ficam enciumadas.

Nem as celebridades escapam dos barracos causados pelo ciúme. Vocês devem ter visto a confusão que rolou com o ex-casal Luana Piovani e Dado Dolabella por conta do ciúme do moço. O amor foi pelo ralo, o príncipe caiu do cavalo e foi parar na delegacia, acusado de ter saído aos tapas com a atriz em plena boate no Rio.

Outra que admite soltar fogo pelas ventas de tanto ciúme é a estudante Amanda Carolina P., 15 anos. “Namoro há nove meses e meu namorado não me dá , nem nunca me deu, motivo para eu ter ciúme, mas mesmo assim eu tenho. Sou doida mesmo!”, brinca Amanda. Numa festa, uma vez, o namorado foi falar com uma galera e ela ficou esperando na mesa – mas não por muito tempo. “Umas meninas começaram a chegar e eu fiquei como? Ardendo de ciúmes! Na hora eu nem vi que ele tinha tirado foto com uma delas, mas, quando ele colocou no Orkut, dei um escândalo. Fiquei com tanta raiva que acabei até ofendendo a garota e brigando com todas as amigas dela, que eram amigas dele também”, conta.

Mas Amanda garante, orgulhosa, que o namorado ficou do seu lado. “Ele apagou a foto e também acabou discutindo com as meninas por minha causa. Ele é bem ciumento, morre de raiva do meu ex, então me entende”, diz a estudante. Se ela deixa o namorado sair sozinho? Até deixa, mas só quando é com os amigos e durante o dia. “Aí posso fiscalizar melhor!”, brinca. Ela conta que já teve três namorados, mas que só se morde de ciúme agora, com o atual. “Com ele é diferente, estou amando de verdade! E não é que eu tenha medo de perdê-lo para alguém, porque confio muito nele. Ele já me mostrou que sou eu quem ele quer. A minha falta de confiança, então, é nas outras meninas! Alguma pode querer roubar um beijo dele, por exemplo”, explica.

Segundo o psiquiatra Leonardo Gama Filho, o ciúme é uma emoção humana muito comum. Ele surge quando alguém sente o relacionamento afetivo ameaçado e quer combater os riscos de perder quem ama. Uma pitadinha de ciúme é até bem-vinda, não é mesmo? Mas, de fato, há ciúmes e ciúmes. “O normal é ele ser transitório e baseado em situações específicas”, explica o psiquiatra. Se englobar outros sentimentos absurdos e exagerados, que são responsáveis muitas vezes por atitudes drásticas, atenção, você pode estar passando dos limites.

“O chamado ´ciúme patológico´ é justamente a reação exagerada, infundada e desproporcional, é querer controlar totalmente os sentimentos e comportamentos do companheiro”, alerta Leonardo Filho. Pois é, quando o que rola é mais do que simplesmente querer ter o outro do seu lado, quando é angústia e medo intenso de perder o seu príncipe encantado, aí fique de olho, porque esse tipo de ciúme não é legal – e nem saudável!

Foi o que a estudante Lynn Wong percebeu depois de algum tempo de namoro. “Eu era muito insegura e acho que boa parte do ciúme vem da insegurança. Eu achava que não era boa e bonita o suficiente, que qualquer menina seria melhor para ele do que eu. E quando eu fico com ciúme é brabo. Desligo o telefone na cara, falo barbaridades, grito, choro, deleto do Orkut, do MSN... É o maior show mesmo”, conta a estudante.

Outra coisa que fazia ela se morder de ciúmes eram os jogos de computador. “Já tive um ataque quando fui para a casa dele e ele não me deu atenção porque estava no meio de um campeonato de sei-la-o-que. Me senti trocada! Tive a impressão de que ele se divertia muito mais gritando no fone com os outros jogadores do que ficando comigo”, desabafa Lynn. Mas aí veio o amadurecimento da relação. “Eu mesma amadureci também, parei de me achar o patinho feio da lagoa e percebi que eu podia confiar de verdade no Leo. Ainda temos alguns mini-ataques de ciúme, mas nada que uns beijinhos não possam resolver”, brinca.

Até certo ponto, o ciúme mostra carinho e cuidado, mas fica chato ter alguém duvidando de cada passo que você dá, né? Também se torna igualmente insuportável querer controlar alguém o tempo todo. Quem é ciumenta de carteirinha, no fundo, sabe disso. E para vencer esse sentimento que pode ter um lado negativo, o psiquiatra Leonardo Gama Filho dá a fórmula: “A principal coisa a fazer é acreditar que é possível confiar no outro e deixar de ter a ilusão de que se pode controlar a vida de alguém”. Fora isso, resista à tentação de:

- Confirmar se o seu amado está onde e com quem ele disse que estaria.
- Mexer nas coisas dele à procura de pistas que possam denunciar um possível deslize.
- Ouvir telefonemas, ver mensagens e fuxicar coisas que não lhe dizem respeito.
- Seguir o seu príncipe para todo lugar que ele vai.
- Sentir preocupações excessivas sobre relacionamentos anteriores dele.

O segredo é se policiar. Quando você perceber que o ciúme está pintando na área, mantenha a calma, respire fundo para não armar um barraco (vá ler um livro, assistir TV, estudar... Ocupe a mente!) e lembre-se: confie no seu taco!

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