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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Reta final


Daniela Pessoa | 04/11/2008
Se você está no terceiro ano do segundo grau, com certeza já está fazendo contagem regressiva. O ano está acabando, o clima é de despedida na escola. No cursinho pré-vestibular, a adrenalina está correndo solta, porque as provas estão chegando. Reta final – e decisiva – para a entrada na faculdade . Pressão total! Mas, calma, se não é possível evitar o nervosismo, pelo menos podemos aprender a lidar com a situação, sem descontrole!

É, o
vestibular exige mesmo alguns sacrifícios. No Orkut, uma enquete da comunidade “Não posso... Por que? Vestibular!” revela que ir para festas, dormir, malhar e namorar são definitivamente as atividades mais prejudicadas nessa fase de estudos frenéticos – pelo menos para as 267 pessoas que votaram. Mas Ana Maria de Sousa, 16 anos, tem passado mesmo pelo maior perrengue.

“Minha vida agora é só vestibular. Falo disso o tempo todo! Minhas piadas, comentários, tudo é sobre isso”, confessa a vestibulanda, que está tentando uma vaga para o curso de Farmácia. “Minha família vive dizendo que estou muito chata, que não tenho outro assunto, e meu namorado terminou comigo. Ele não entende que eu não posso sair sempre e reclamava que precisava ter hora marcada para falar comigo”, lamenta Ana Maria.

Ela está mesmo dando tudo de si esse ano. “Só estudo e mais nada! Nem tenho dormido direito. A expectativa é grande, sempre bate aquele medo, um friozinho constante na barriga... Mas acho que já deu tempo de eu me preparar”, pondera a estudante, agora desacelerando o ritmo dos estudos. “Nesse finalzinho bate o maior cansaço”, confessa.

Márcia Borges Martins, 18 anos, sabe bem o que é isso. Enfrentando o seu segundo vestibular para tentar uma vaga no curso de Direito, ela diz estar muito nervosa. “O curso que eu quero é o segundo mais concorrido do Rio Grande do Sul. Então, esse ano estou me cobrando de verdade. Estudo todos os dias, sem folga, e vou para as aulas de manhã e à noite”, conta Márcia. “O ruim é quando acho que não sei mais nada. Me apavoro!”, conta.

Outra que está na correria é Natália Gomes Ferreira, 17 anos. Tudo por uma vaga no curso de História e outra no de Jornalismo. “Garanti notas boas no primeiro semestre da escola para ficar mais tranqüila no segundo. Aí peguei firme no cursinho desde agosto. Agora, nem estou me pressionando tanto – o que deu para fazer, eu fiz. Se eu não passar, saberei que não foi por falta de empenho”, afirma a estudante. No entanto, segundo ela, há coisas contra as quais não se pode lutar de um dia para o outro, como a ansiedade. No meio do ano, Natália acabou entrando numa espécie de depressão de tão tensa que estava. “Fui ao médico e agora estou tomando remédio para ansiedade. Sinto que estou melhorando!”, conta.

Na reta final, ela está estudando menos e se focando mais na preparação psicológica para as provas. Mas nem por isso a vestibulanda tem tido tempo de sair com os amigos ou de arranjar um namorado. “Eu iria me sentir culpada se saísse ao invés de estudar”, explica Natália, que diz estar vivendo uma fase de “velhice precoce”. Sair? Só se for para estudar com um grupo de amigos do pré-vestibular. “Funciona muito bem! Como eu vou prestar para História e Jornalismo, meu amigo para Física, a outra menina para Matemática e o outro menino para Medicina, cada um tem seus pontos fortes e a gente se ajuda muito”, garante a estudante.

Para você não correr o risco de o nervosismo te atrapalhar nessa altura do campeonato, Rui Alves Gomes Sá, diretor de ensino do pH, colégio e curso pré-vestibular no Rio, e Geraldo Silvestre, autor do livro “Vestibular sem sofrimento” (Editora Gutenberg), ensinam como agir a partir de agora para você garantir tranqüilidade e sucesso nas provas.

- Dê o máximo de si até a última prova. Não deixe de estudar e de assistir as aulas só porque o ano está acabando. “Esse é o momento de se esforçar, não se dê férias”, afirma Rui Alves. No entanto, pode ser que você esteja muito cansada e estudo com cansaço não combina. “Se é essa a situação, a renovação de energia é fundamental, mas não abuse. Use o bom senso”, alerta Geraldo Silvestre.
- A tensão e o cansaço só aumentam as chances do temido “branco”. Por isso, tenha um planejamento de estudo em casa. “Estude duas matérias por dia, uma mais fácil e outra mais difícil, durante quatro horas, em média, com pausas de 15 em 15 minutos”, recomenda Rui. No entanto, saiba dividir seu tempo. Reserve o sábado à noite, por exemplo, para se distrair, mas não escolha programas muito pesados.
- Não deixe de praticar algum exercício físico, nem que seja caminhar durante as suas pausas nos estudos. Se movimentar ajuda a controlar a ansiedade e o estresse. “Além de cuidar do conhecimento, é preciso cuidar do corpo e das emoções. Isso sim é uma preparação completa para o vestibular”, garante Geraldo Silvestre.
- Leia jornais, revistas semanais e se informe através da Internet sobre o que está acontecendo no Brasil e no mundo. Muitos temas discutidos na mídia podem se tornar temas de redação no vestibular.
- Durma bem, em média oito horas por dia. O sono é essencial para o aprendizado, além de recarregar nossas energias. A mente cansada não absorve bem o que foi estudado.
- Cuide da sua alimentação. Uma dieta balanceada vai fazer você se sentir melhor, além de oferecer os nutrientes necessários para que as atividades intelectuais se desenvolvam bem.
- Pratique técnicas de relaxamento durante os estudos e até mesmo na hora da prova. A mais simples é respirar corretamente. Se concentre na respiração e deixe que ela fique profunda e lenta.
- Confie em si mesma, na sua capacidade, no seu esforço e dedicação. Veja a ansiedade e o medo como emoções naturais, que todo mundo sente diante de um desafio. Não faça tempestade em copo d´água. Acredite, você é capaz do que você quiser! Boas provas!

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